Práticas Ministeriais

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1. Ministração do Batismo

No ato do batismo, o ministro perguntará ao batizando:

a) Fulano, você crê em Jesus Cristo como seu único e suficiente salvador?
b) Fulano, você crê que Jesus Cristo morreu em seu lugar, ressuscitou e voltará uma segunda vez?
c) Fulano, você crê que a Bíblia Sagrada é a sua única regra de fé e prática?

Todas essas perguntas serão respondidas com um "sim" pelo batizando de modo que todos os presentes ouçam. Após o último "sim", o ministro dirá:

"Diante de seu testemunho público de fé, eu te batizo em nome do Pai, em nome do Filho e em nome do Espírito Santo."

E a igreja cantará o coro do hino 447 da Harpa Cristã:

Se o caminho é estreito, a porta é também
Tudo está feito, não demores, vem!
No portal da vida Cristo acharás
Ao findar a lida lá no céu tu estarás

O batismo é ministrado preferencialmente a partir dos 12 anos de idade, por imersão. Porém, a ADAV reconhece o batismo infantil realizado em igrejas reformadas e caso desejem congregar na Igreja Árvore da Vida serão recebidos como congregados e, ao atingir os 12 anos, realizarão a Confissão de Fé Pública. Na total impossibilidade do batismo por imersão, a ADAV poderá ministrar o batismo por aspersão (1Co 10.1-4).

2. Ministração da Ceia do Senhor

Após a ministração da Palavra, o ministro convida a congregação para a leitura de um texto bíblico alusivo à Ceia do Senhor. Geralmente se lê 1Co 11.23-28 ou Lc 22.17-20. 

Depois da leitura, o ministro oficiante convidará os diáconos para o ato de consagração do pão e do vinho. Após a oração de consagração, os diáconos partem o pão enquanto a igreja canta hinos alusivos ao ato. Terminada a partilha, o ministro chama o povo para pegar os elementos (congregação pequena) ou os diáconos passam nos assentos entregando os elementos da Ceia (igrejas grandes). 

Quando todos pegarem, o pastor da igreja serve os demais obreiros, sendo o último o seu vice, e o seu vice o serve. Feito isso, o ministro dirá: "Comei e bebei todos!"

Em seguida, todos fazem suas orações individuais, e após, o ministro oficiante faz a oração de encerramento da Ceia do Senhor e o culto é encerrado com as bênçãos pastorais (apostólicas).

3. Bênçãos Pastorais ou Apostólicas

Não é doutrina. Portanto não é obrigatória. Porém, tradicionalmente as igrejas cristãs encerram o culto com as palavras de Paulo em 2Co 13.13. Esse costume tem raiz no culto judaico, quando o sacerdote estendia as mãos sobre o povo pronunciava a chamada "bênção arônica" descrita em Nm 6.24-26. Paulo adaptou para finalizar suas cartas e a Igreja copiou para finalizar seus cultos. Portanto, ao finalizar o culto, o ministro erguerá as duas mãos sobre o povo e dirá:

"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês."

A igreja dirá: "Amém!"

Ainda há o costume de o pastor, após o "amém", falar o lema da Igreja. Na ADAV é:

- Pastor: Igreja Atos Dois Árvore da Vida!
- Igreja: Perseverando na doutrina dos apóstolos!

4. Oração para o ofertório

No momento do ofertório, o dirigente do culto deve convidar a igreja a ofertar voluntariamente, enfatizando sempre 2Co 9.7. É feita uma oração apresentando as ofertas a Deus. Enquanto o diácono passa coletando as ofertas, a igreja canta hinos congregacionais alusivos ao ato. 

5. Oração pública

Aqueles que oram em público na liturgia devem tomar o cuidado para não cometer erros que são comuns. Um deles é finalizar a oração "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". O Novo Testamento ensina que devemos iniciar a oração nos dirigindo ao Pai (Mt 6.9-13), no poder e ajuda do Espírito Santo (Rm 8.26,27) e finalizando "em nome de Jesus" (Jo 14.13). Na oração, o orante fala e voz suave (em tom de conversa, sem gritaria) e os demais cultuantes acompanham em voz baixa, e após o amem do orante, os demais confirmam com um "amém".

6. Ceia a enfermos, presos e faltosos

A Igreja ministrará, por intermédios de seus obreiros, autorizados pelo pastor da Igreja ou pelo Conselho Ministerial (Presbitério), a Ceia do Senhor àqueles irmãos que, no dia da Ceia estavam em ato de trabalho ou doentes. Obedecidas as normas internas das instituições prisionais, hospitalares e de internato e assemelhados, a Ceia poderá ser ministrada aos cristãos nesses espaços.

7. Oração por enfermos

Durante o culto a Igreja poderá orar pelos enfermos da congregação. O ideal é que os irmãos passem os nomes para o ajudante do culto com antecedência. Na hora da oração, o pastor fará menção dos nomes das pessoas que solicitaram oração. Não é de bom alvitre chamar as pessoas à frente, e se chamá-las, em hipótese alguma deve fazê-las se ajoelhar diante do altar ou do ministro. A prática de ungir com azeite é simbólica e pouco importa. O melhor é não usar. Essa prática registrada em Tg 5.14 está vinculada mais a princípios medicinais da época (Lc 10.35-37).

8. Celebração de Casamento

Casamento deve ser ministrado somente pelo pastor da igreja, e se ele tiver acompanhado o namoro, ou seja, se o casal tiver submetido seu relacionamento, desde o início, à autoridade da Igreja e do pastor. Por se tratar de algo muito sério, não pode ser ministrado por qualquer pessoa. No entanto, o pastor poderá delegar essa função a um presbítero local.

9. Celebração de bodas

Tradicionalmente, os casais dão ênfase nessas celebrações quando completam 25 anos de casados (bodas de prata) e 50 anos de casados (bodas de ouro). A cerimônia segue mais ou menos o padrão do casamento, com as devidas adaptações.

10. Noivado

É um jantar ou almoço que o casal de namorados realiza com suas famílias e o casal pastoral. No domingo seguinte a esse evento, o pastor anuncia à igreja desse passo pré-nupcial e ora pelo casal. Deve seguir, a partir daí um curso de orientações do pastor para o casal, que deve envolver a vida a dois, sexo no casamento, divórcio, finanças, família, planejamento familiar etc. No final, é expedido o certificado de noivado.

11. Debutante

É uma cerimônia que as moças realizam quando completam 15 anos. É bom ser realizada em salões de festas, separada do local de culto. Não fica muito bem usar o espaço do culto para uma cerimônia dessa natureza. Apenas por questões éticas. É parecida com a cerimônia de bodas. Normalmente a família da debutante dita o conteúdo. Ao pastor cabe ministrar a palavra. Ministração da Palavra nesse tipo de evento, como em casamento, deve ser curta e objetiva, sem, no entanto, deixar o pastor de refletir na audiência, os aspectos solenes da Sagrada Escritura.

12. Colação de Grau

É um culto de ação de graças que os formandos realizam após o término dos cursos de graduação. Algumas vezes a turma faz esse tipo de cerimônia em conjunto com ministros de outras confissões, como católicos e espíritas. A igreja pode ceder seu templo para esse tipo de celebração? A ADAV não participa de cerimônias ecumênicas dessa natureza.

13. Apresentação de criança

Normalmente as igrejas evangélicas que não batizam criança usam o costume de apresentar ou consagrar a criança ao Senhor Jesus, fazendo alusão ao momento em que Cristo pediu que os apóstolos (igreja) não impedisse que as crianças fossem até ele para serem abençoadas. Depois, numa idade mais consciente, geralmente a partir dos 12 anos, também pensando no fato de Jesus ter feito seu ato de iniciação na fé judaica aos 12 anos, realiza-se o batismo. A ADAV segue mais ou menos essa linha, podendo batizar antes, conforme deliberação do Presbitério. No caso de batizar antes, será feita a Confissão Pública de Fé quando completar os 12 anos de idade, quando poderá cear pela primeira vez (primeira comunhão).

No ato de apresentação, o pastor pode fazer um culto específico ou pode dedicar parte do culto de domingo para isso. Deve ser algo com ênfase, com cânticos, ministração da palavra voltada para a responsabilidade social, material e espiritual dos pais ou responsáveis. Os pais devem prometer que a criança será criada na doutrina cristã. A igreja não deve apresentar crianças de pais não crentes, nem de membros da Igreja que são sabidamente relapsos na vida cristã e que, portanto, demonstram, pelo seu estilo de vida, que não cumprirão com a promessa.

Ao final da cerimônia, o pastor tomará a criança nos braços (se ainda de colo) e a apresentará ao Senhor, após o juramento dos pais.

14. Culto fúnebre

Todo culto é culto ao Senhor Deus (Trindade). Portanto, não é bom que o templo seja usado para velar defunto. O ideal é que seja feito nas capelas dos cemitérios ou das funerárias. O pastor comparecerá obrigatoriamente se for membro da igreja, e por cortesia se for convidado (quando não for membro da igreja). Deve-se tomar o cuidado nesses momentos para não colocar ímpio no céu, nem no inferno. Isso quem faz é Deus. O pastor deve se limitar a falar do amor de Deus aos presentes, e com sabedoria confortar os familiares com leituras bíblicas dessa natureza. A neutralidade é a palavra de ordem nesses casos.

15. Compromisso de namoro

Os crentes que têm compromisso com os princípios cristãos e respeito pela igreja e sua liderança não namoram sem a supervisão da sua comunidade. Por isso, todas as vezes que o integrante da igreja desejar iniciar o namoro, demonstrando essa submissão cristã, procurará primeiramente seus pais (se ainda tiver sob sua dependência) e, em seguida, o pastor para receber a bênção da comunidade cristã em culto público.

Feito isso, o pastor fará a primeira análise e poderá indeferir ou solicitar apreciação do Presbitério (COMADAV), conforme julgar necessário, para analisar e autorizar o relacionamento, mediante compromisso registrado em ata de que cumprirão com santidade e celibato, até o casamento.

O ato de encerramento do namoro, caso o casal resolva encerrá-lo antes do casamento, também é comunicado por ambos ao pastor da igreja.

16. Expelição de espíritos maus no culto

Quando houver esse tipo de manifestação, o responsável pelo culto deve ordenar a retirada imediata do possesso do ambiente do culto para área reservada, longe da vista da audiência, a fim do Inimigo não obter audiência e atenção do culto que devem ser sempre voltadas plenamente para Deus. Deve-se tomar o cuidado de não deixar o possesso se ferir ou ferir aqueles que o controlam.

17. Ministração da Palavra

A ministração da Palavra no culto principal (domingo) é ofício obrigatório do pastor da igreja. Contudo, na ADAV o pastor não é assalariado pela igreja (serviço integral). Seu trabalho é voluntário. Sendo assim, por ter de trabalhar e ministrar, o pastor pode se revezar no púlpito quando julgar necessário. Para isso, contará com os presbíteros e diáconos ou membros da igreja que tenham o dom da palavra, desde que estejam alinhados com as doutrinas e costumes da Igreja.

18. Imposição de mãos ou ordenação

A ADAV é independente de convenção ou conselho pastoral ou concílio. Portanto, tem autoridade legal e bíblica para formar, recepcionar e ordenar seus ministros e obreiros em geral. Após o candidato ser aprovado pelo Presbitério, a Igreja se reúne para o culto de imposição de mãos, também chamado de ordenação. Isso é feito em culto específico e público sob juramento de ser fiel ao ministério cristão, conforme as exigências bíblicas (1Tm 3; 5.22; Tt 1).

19. Regras para ordenar obreiros

Com base nas diversas referências bíblicas neotestamentárias que tratam sobre as características que deve possuir um guia cristão, a ADAV exige de seus candidatos, entre outras coisas que:

1) não sejam divorciados;
2) não tenham impedimentos nos órgãos de justiça (cíveis e criminais) e da Receita Federal;
3) estejam em dia com as obrigações eleitorais e o serviço militar (homens);
4) tenham histórico familiar (como filho, namorado, cônjuge etc) sem mancha;
5) sejam membros da ADAV por pelo menos seis meses, com demonstração de trabalho pleno;
6) não tenham má fama na sociedade;
7) não tenham envolvimento com a política partidária;
8) não tenham histórico de rebeldia;
9) tenham histórico de amor pelo estudo da Bíblia e pelas reuniões de estudo da Escritura;
10) tenham histórico de amor e devoção pela igreja;
11) não tenham histórico de vida amorosa (relacionamentos em geral) fora dos padrões bíblicos;
12) tenham histórico de apego à oração e à vida piedosa;
13) preencha os requisitos escolar e teológico exigidos pela Igreja.

Fonte: Departamento de Ética, Liturgia e Doutrina



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