A palavra diácono
é grega e significa servo ou servente. Este termo aparece cerca de 30
vezes no Novo Testamento. Em 20 casos é traduzido por ministro, que tem como significado servo.
O Ministério Diaconal surgiu da necessidade que os apóstolos
tiveram na Igreja de seus dias. Eles precisavam dedicar-se à oração e à
pregação da Palavra de Deus, mas tinham que, concomitantemente, cuidar das coisas materiais. Isso estava embaraçando
a vida ministerial deles.
Então solicitaram à Igreja que elegessem entre eles alguns
homens com qualidades espirituais, morais e intelectuais bem claras para tomar
de conta da Obra Social e Material da Igreja, enquanto eles se dedicavam
exclusivamente à proclamação das Boas Novas do Reino de Deus, a implantação e
fortalecimento das igrejas. Isso está registrado em At 6.1-8.
Depois disso, quando o apóstolo Paulo listou as
exigências do perfil do episcopado (bispo, ancião, presbítero ou pastor),
também incluiu os diáconos na mesma condição, 1Tm 3.8-12; Tt 1.6,7. Portanto, o
diácono e a diaconisa são os obreiros que se sentem vocacionados para servir
bem a Igreja no que concerne às tarefas materiais, deixando o pastor livre para
alimentar o rebanho com a Palavra!
Embora haja forte discussão entre os exegetas
quanto ao ministério feminino na
Igreja, a ADAV entende que os textos
proibitivos se aplicam exclusivamente àquelas comunidades, por se tratarem
de problemas com a cultura local e não uma doutrina universal como se depreende
de Gl 3.28, onde se diz que Cristo igualou as classes, etnias e sexos na Igreja.
Além disso, nos textos de Rm 12 e 1Co 12, que tratam da distribuição dos dons,
não há exclusão das mulheres. Por fim, em Rm 16.1,2, a irmã Febe, a portadora
da carta à Igreja em Roma, é chamada de diaconisa e em Rm 16.7, Paulo saúda uma
parente sua – a irmã Júnia –, que era apóstola.
Qualquer outro argumento sobre a
escassa menção de mulheres no ministério da Igreja Primitiva ou de Jesus não
ter escolhido apóstolas entre os 12 deve ser visto como um problema cultural, e
não como dogma.
As cartas paulinas estão repletas de exemplos em que Igreja
teve de se adequar temporariamente à cultura local. Por que Paulo ordenaria
Timóteo se circuncidar (At 16.1-3), mesmo tendo ensinado que o cristão que se
circuncida está rejeitando o sacrifício de Cristo (Gl 5.2)? Por que ordenou o
uso do véu feminino (1Co 11)?
Na ADAV, o Ministério Diaconal tem a função de
cooperar diretamente com o Ministério Pastoral. Ele serve à Igreja por vocação
e chamada pessoal feita diretamente por Deus. A Igreja apenas reconhece esse
respeitável dom e oficializa-o.
Portanto, o Diaconato tem, entre outras
tarefas, o dever de:
1 - auxiliar na ministração
de batismos, da Ceia do Senhor e no Púlpito;
2 - coordenar as atividades sociais e
beneficentes;
3 - visitar os órfãos, viúvas e necessitados;
4 - recepcionar os membros
e visitantes nas santas assembleias;
5 - gerenciar e manutenir o templo e os bens
da Igreja;
6 - zelar pela ordem das santas assembleias e a segurança das
instalações do templo durante as reuniões de adoração e administrativas;
7 - zelar
pelo bom nome da Igreja na sociedade;
8 - ser exemplo para os membros em tudo;
9 - auxiliar na Escola Bíblica, nos cultos nos lares e nas visitas aos nosocômios,
penitenciárias, asilos e casas de recuperação;
10 - manter o pastor assistido em
suas multitarefas;
11 - manter as instalações do local de reuniões em condição de
uso;
12 - cumprir o Ide da Grande Comissão;
13 - ter moral e ética inquestionáveis diante
da Igreja e da opinião pública;
14 - ser amante do estudo da Palavra de Deus;
15 - cumprir o Estatuto da Igreja e, entre muitas outras coisas, ser cheio do
Espírito Santo, conforme as diretrizes apostólicas sintetizadas em Gl 5.16-21.
Fonte: Departamento de Liturgia e Doutrina
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